Ao revelar o vídeo de Edith Prior, Tris se vê na difícil
missão de descobrir o que existe do lado de fora da cerca. Com o sistema de
facções destruído, Evelyn começa a tomar conta de Chicago enquanto Tris, Tobias
e seus amigos vão atrás de respostas sobre a criação do sistema das facções.
Lógico que depois de um final como o de Insurgente,
Convergente não começaria nada fácil. Depois de tantas perguntas jogadas, esse
livro tinha a função de responder todas elas. Mas logo de início não temos
respostas concretas. Porém, não se desespere, pois com o decorrer do livro,
todas elas são respondidas.
E então chegamos ao fim de uma trilogia que me fez sofrer
até o último parágrafo. Depois de tanta morte, tiro, porrada, traições e emoções,
Divergente chega ao fim. Lembro-me de quando li o primeiro volume, foi uma
surpresa enorme para mim, nunca tinha ficado tão envolvido com uma coisa quanto
fiquei com essa série. É difícil dizer adeus, mas como a própria história diz,
é preciso dá adeus querendo ou não.
Convergente sofre algumas mudanças bruscas, a primeira é que
neste volume contamos com a narração de Tobias. A segunda é que neste não temos
vilões ou coisas do tipo. A terceira é que enquanto nos dois primeiros livros a
história se passava em Chicago, já nesse embarcamos em uma viagem para fora da
cidade. Mudanças que podem agradar ou desagradar muita gente.
A alteração que mais me incomodou foi à narração do Tobias.
Como já estava acostumado com o ponto de vista da Tris, ler a visão dele sobre
as coisas é totalmente diferente. Minha relação com o mocinho da história não é
nada amigável. Ao ler Insurgente, eu já estava de saco cheio do rapaz, nesse
livro fiquei com mais raiva ainda. Com atitudes infantis e sentimentos falhos,
fez com que minha aversão contra ele aumentasse. Essa foi à única que me
desagradou.
A parte que eu mais esperava, foi sem sombra de dúvidas a
melhor. A explicação sobre os divergentes foi o ponto alto de toda a história.
Com uma explicação extraordinária, Roth me deixou totalmente pasmo. Possuía
diversas teorias sobre o assunto, mas nenhuma estava certa. Fiquei surpreendido
com a incrível criatividade da autora. A colocação dos momentos nas horas
certas deixou a leitura ágil e sem interrupções.
Um alerta: Se você possuí coração fraco, segura na mão de
Deus porque esse livro é uma montanha russa de emoções. Recheado de momentos
altamente dramáticos, o leitor irá passar por várias situações de apertar o
coração, mas no final, tudo valerá a pena... ou não. O principal intuito deste
tomo da história é mostrar o peso de uma escolha. Essa a grande lição da trilogia.
Uma escolha errada e todo o seu mundo desaba. Uma escolha transforma não só
você, mas transforma todos ao seu redor. Uma escolha transforma uma sociedade.
Ensinamentos como esses são mais do que necessários e Convergente traz essa
mensagem para que possamos refletir sobre isso.
Não vou dizer que tem um final feliz, mas tem um final
condizente e plausível. Todos sabemos que é difícil acabar uma coisa que
gostamos tanto, porém, a vida é assim, terminamos um ciclo e logo depois
começamos outro. Pessoas estão aqui para nos ajudar a começarmos um novo ciclo.
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