Resenha - Convergente por Veronica Roth

By | quarta-feira, setembro 24, 2014 Deixe o seu comentário

     Convergente é o terceiro e último volume da série escrita por Veronica Roth.

     Ao revelar o vídeo de Edith Prior, Tris se vê na difícil missão de descobrir o que existe do lado de fora da cerca. Com o sistema de facções destruído, Evelyn começa a tomar conta de Chicago enquanto Tris, Tobias e seus amigos vão atrás de respostas sobre a criação do sistema das facções.

     Lógico que depois de um final como o de Insurgente, Convergente não começaria nada fácil. Depois de tantas perguntas jogadas, esse livro tinha a função de responder todas elas. Mas logo de início não temos respostas concretas. Porém, não se desespere, pois com o decorrer do livro, todas elas são respondidas.

     E então chegamos ao fim de uma trilogia que me fez sofrer até o último parágrafo. Depois de tanta morte, tiro, porrada, traições e emoções, Divergente chega ao fim. Lembro-me de quando li o primeiro volume, foi uma surpresa enorme para mim, nunca tinha ficado tão envolvido com uma coisa quanto fiquei com essa série. É difícil dizer adeus, mas como a própria história diz, é preciso dá adeus querendo ou não.

     Convergente sofre algumas mudanças bruscas, a primeira é que neste volume contamos com a narração de Tobias. A segunda é que neste não temos vilões ou coisas do tipo. A terceira é que enquanto nos dois primeiros livros a história se passava em Chicago, já nesse embarcamos em uma viagem para fora da cidade. Mudanças que podem agradar ou desagradar muita gente.

     A alteração que mais me incomodou foi à narração do Tobias. Como já estava acostumado com o ponto de vista da Tris, ler a visão dele sobre as coisas é totalmente diferente. Minha relação com o mocinho da história não é nada amigável. Ao ler Insurgente, eu já estava de saco cheio do rapaz, nesse livro fiquei com mais raiva ainda. Com atitudes infantis e sentimentos falhos, fez com que minha aversão contra ele aumentasse. Essa foi à única que me desagradou.

     A parte que eu mais esperava, foi sem sombra de dúvidas a melhor. A explicação sobre os divergentes foi o ponto alto de toda a história. Com uma explicação extraordinária, Roth me deixou totalmente pasmo. Possuía diversas teorias sobre o assunto, mas nenhuma estava certa. Fiquei surpreendido com a incrível criatividade da autora. A colocação dos momentos nas horas certas deixou a leitura ágil e sem interrupções.

     Um alerta: Se você possuí coração fraco, segura na mão de Deus porque esse livro é uma montanha russa de emoções. Recheado de momentos altamente dramáticos, o leitor irá passar por várias situações de apertar o coração, mas no final, tudo valerá a pena... ou não. O principal intuito deste tomo da história é mostrar o peso de uma escolha. Essa a grande lição da trilogia. Uma escolha errada e todo o seu mundo desaba. Uma escolha transforma não só você, mas transforma todos ao seu redor. Uma escolha transforma uma sociedade. Ensinamentos como esses são mais do que necessários e Convergente traz essa mensagem para que possamos refletir sobre isso.

     Não vou dizer que tem um final feliz, mas tem um final condizente e plausível. Todos sabemos que é difícil acabar uma coisa que gostamos tanto, porém, a vida é assim, terminamos um ciclo e logo depois começamos outro. Pessoas estão aqui para nos ajudar a começarmos um novo ciclo.

     Totalmente devastador, Convergente fecha com mérito a jornada de Tris, uma garota corajosa e valente que lutou por aquilo que acreditava. Não desistiu e foi brava até o final. A grande lição que a série trouxe para mim foi que devemos ser sempre corajosos e valentes, apesar de tudo.
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